O Cancro e a Saúde

2008/2009


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Leucemia

O que é?

É uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. 

A produção de glóbulos brancos fica descontrolada e o funcionamento da medula óssea saudável torna-se cada vez mais difícil, diminuindo progressivamente a produção de células normais, dando lugar ao aparecimento de anemia, infecções e hemorragias.

Esta doença tem origem nas células imaturas da medula óssea, e é considerada como um carcinoma maligno.

Existem vários tipos de leucemia caracterizadas pelo tipo de célula afectada.  

Pode ser aguda ou crónica dependendo da velocidade de proliferação das células leucémicas.

Os Síndromes Mielodisplásicos são doenças malignas em que a Medula Óssea não produz quantidade suficiente de células sanguíneas normais. Afecta os globulos brancos, os globulos vermelhos e as plaquetas. Nalguns casos, os Síndromes Mielodisplásicos podem evoluir para Leucemias Agudas.

 

Em cada ano aparecem 60 a 100 novos casos por cada milhão de individuos.

Alguns tipos de leucemia são mais frequentes em determinados grupos etários.

A Leucemia Linfoblástica Aguda é mais frequente nas crianças e nos jovens.

A Leucemia Mieloblástica Aguda é mais comum nos adultos.

As Leucemias Crónicas ocorrem geralmente entre os 40 e 70 anos.

Os Síndromes Mielodisplásicos atingem sobretudo pessoas entre os 60 e 70 anos. Contudo, existem excepções.

 

 


 

Principais tipos de leucemia

 

 

Tipo

Evolução

Glóbulos brancos afectados

Leucemia linfocítica aguda (linfoblástica).

Rápida

Linfócitos

Leucemia mielóide aguda (mielocítica,mielogénea, mieloblástica, mielomonocítica).

Rápida

Mielócitos

Leucemia linfocítica crónica, incluindo a síndroma de Sézary e a tricoleucemia.

Lenta

Linfócitos

Leucemia mielóide crónica (mielocítica, mielogénea, granulocítica).

Lenta

Mielócitos

 

 


 

Sintomas

 

Os sintomas iniciais são geralmente a fadiga, perda de peso, palidez, infecções e hemorragias.

 

 

  • Leucemia Linfoblástica Aguda: Os primeiros sintomas são a fraqueza e falta de ar, devido à falta de glóbulos vermelhos, o que provoca anemia; infecções e febre, devido à ausência de glóbulos brancos; e hemorragias, devido à falta de plaquetas.

 

  • Leucemia Mieloblástica Aguda: Os primeiros sintomas são a incapacidade da medula óssea produzir células sanguíneas suficientes. Este facto retrata-se em fraqueza, falta de ar, infecções, febre e hemorragias. Outros sintomas são dores de cabeça, vómitos, irritabilidade e dores nos ossos e articulações.

 

  • Leucemia Crónica e Síndromes Mielodisplásicos: A maior parte dos doentes não apresentam sintomas, excepto o aumento de gânglios linfáticos. Os sintomas podem incluir fadiga, perda de apetite, perda de peso, falta de ar ao fazer uma actividade física e uma sensação de ter o abdómen cheio provocado pela hipertrofia do baço.


Tratamentos

 

  • Leucemia Linfoblástica Aguda: Normalmente, são utilizadas combinações de quimioterapia e repetem-se essas doses durante vários dias ou semanas. As células leucémicas podem reaparecer ao fim de algum tempo, muitas vezes na medula óssea ou no cérebro. O reaparecimento de células leucémicas na medula óssea é bastante grave. Deve ser aplicado novamente um tratamento de quimioterapia, no entanto, a reincidência da doença é bastante provável. Assim, o transplante de medula óssea é a melhor solução para a recuperação do doente. No entanto, este procedimento só é possível se for encontrado um indivíduo em que a medula seja compatível com a do doente. Na maioria dos casos, a medula óssea para transplante vem de um familiar próximo.

 

  • Leucemia Mieloblástica Aguda: O tratamento para este tipo de leucemia tem como objectivo a destruição de todas as células leucémicas. No entanto, este tipo de leucemia é a que menos responde aos medicamentos e o tratamento, normalmente, piora o estado do doente. Esta alteração do estado do doente deve-se ao facto do tratamento anular a actividade da medula óssea, o que provoca um decréscimo do número de glóbulos brancos e consequente aumento da exposição a infecções. O tratamento mais utilizado é a quimioterapia, para destruir o maior número de células leucémicas possível. O transplante de medula óssea pode realizar-se em doentes que não respondam aos tratamentos e nos doentes mais jovens para eliminar células leucémicas residuais.

 

  • Leucemia Crónica: Este tipo de leucemia tem um desenvolvimento lento, mas muitos doentes não necessitam de tratamento durante vários anos. A anemia é tratada através de transfusões de sangue e injecções de eritropoietina (uma substância estimulante para a produção de glóbulos vermelhos). Se houver um baixo número de plaquetas sanguíneas é feito um transplante de plaquetas e as infecções são tratadas com a administração de antibióticos. O tratamento através de radioterapia é utilizado para reduzir o tamanho dos gânglios linfáticos, quando as suas dimensões se tornarem incómodas para o doente.

 

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